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Máquina Humana

Daniela Filipe Bento Daniela Filipe Bento Seguir 7 de outubro de 2012 · 1 min read
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A nossa mente é dotada das mais maravilhosas características e, muitas vezes, gostamos de nos colocar num local que está para além da nossa própria definição de inteligência.

Máquina Humana Máquina Humana
(crédito: retirado aleatoriamente de uma pesquisa no google.com)

Inocentemente, acabamos por nos comparar, tecnicamente, a uma máquina, a um ser desprovido de emoções, responsável por executar ordens e processar aritmética. No fim, acabamos por não dar espaço aos nossos sentimentos, ao nosso “querer”. Nascemos, vivemos e morremos para cumprir objectivos, uma máquina autêntica… apenas com a diferença de ser biológica.

Na realidade, não é isso que somos. Somos um “ser completo”, com conteúdo emocional, sentimental, intelectual, racional, entre outras mais características que nos chegam diariamente. A ideia de completude é difícil de alcançar na medida em que diariamente nos vemos confrontados com os mais diversos obstáculos. Este vazio como “ser” transforma-se consequentemente em vazio emocional, há a modificação do Homem para a Máquina.

A concretização é, talvez, o nosso objectivo mais comum. A idealização, o debruçar e a reflexão são deixadas de lado em detrimento de um produto final. São estes últimos necessários? Talvez não para muitas decisões. Talvez sim para aquelas que nos envolvem a nós mesmos e ao modo como concebemos a nossa própria estrutura emocional. É interessante, por exemplo, deixar-mo-nos levar pelo pensamento que uma música nos trás, escrever ao seu som, imaginar as notas. No fim, senti-mo-nos relaxados, calmos. Não precisa de ser muito tempo, basta dois minutos… é o suficiente.

Isto distingue-nos das máquinas, a nossa interiorização. Reconhecermo-nos a nós mesmo como espécie, reconhecermo-nos como parte do mundo. É compreensível o aparecimento dos mais diversos meios de interpretação do mundo, uns mais certos que outros, alguns que movem mais do que outros, uns poucos que marcam a diferença.

É então importante, olharmos para dentro e localizarmo-nos, conhecermo-nos.

Daniel Bento

Daniela Filipe Bento

Escrito por Daniela Filipe Bento Seguir

escreve sobre género, sexualidade, saúde mental e justiça social, activista anarco/transfeminista radical, engenheira de software e astrofísica e astronoma