Aqui há uns dias, enquanto fazia a minha habitual ida às redes sociais, lembrei-me de uma questão, que talvez já muita gente a tenha feito. Qual a nossa capacidade de obtermos mais informação incoerente do que informação estruturada e bem condicionada?
Um problema que me deparo é a fraca (talvez questionável mesmo) capacidade de se destinguir os artigos que são lançados em cada momento. Por exemplo, é frequente em qualquer rede social de grande uso (por exemplo, o “Facebook” e o “Google+”) que os artigos sejam partilhados vezes sem conta, dia após dia, mês após mês e ano após ano. Muitas vezes, estes artigos não são acompanhados por datas de publicação consistentes e muito menos com as fontes originais de onde a informação foi obtida. A consequência directa disto, somando o facto da existência de títulos, que muitas vezes nada têm a ver com o teor informativo, os artigos e/ou notícias são partilhadas a velocidades gigantes. Isto origina uma grande confusão para os leitores, pois não percebem se a notícia já não tem validade enquanto notícia ou se o artigo simplesmente já deveria ter desaparecido.
Esta questão levanta-se sobretudo numa era em que obter conhecimento real torna-se cada vez mais difícil. Daqui concluo facilmente que estes veículos de informação acabam por ser extraordinários comboios de desinformação. O que leva as pessoas a terem uma completa distorção dos acontecimentos. Acabo também a ter a opinião de que esta velocidade de propagação é extremamente negativa para a qualidade de cada artigo, sendo muito provável encontrar cópias de cópias de cópias que já nada dizem. O trabalho de autor perde-se completamente.
Para mim é um problema grave, eu gosto de informação consistente. Gosto de informação que me informe e me dê os dados correctos. Como já referi em artigos anteriores, a minha opinião argumenta o facto de estarmos a perder capacidade de saber, mas a ganhar capacidade de transmitir mensagens vazias e sem teor.
É apenas uma opinião,
Daniel Bento